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Cerveró pede que Toffoli anule todos atos da Lava Jato contra ele

Mais um delator da Operação Lava Jato recorreu ao ministro Dias Toffoli, do STF, para anular todos os atos da operação contra si. Dessa vez, o interessado em uma canetada de Toffoli é o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

A defesa de Cerveró bateu à porta do ministro nessa quinta-feira (26/9), pedindo que ele estenda ao ex-executivo da estatal decisões nesse sentido que beneficiaram Marcelo Odebrecht, em maio, e o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt, na semana passada.

Assim como todos os casos que levaram à morte da Lava Jato no Supremo, a petição dos advogados de Nestor Cerveró é baseada nos chats de procuradores da Lava Jato entre si e conversas do ex-procurador Deltan Dallagnol com o ex-juiz federal Sergio Moro. O material foi acessado por um hacker e apreendido pela Polícia Federal na Operação Spoofing, em 2019.

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Entre as alegações a Dias Toffoli, os defensores afirmaram que Cerveró teve direitos violados ao longo das investigações que o miraram e foi alvo de um conluio entre a força-tarefa e Moro. O delator ficou preso em Curitiba entre janeiro de 2015 e junho de 2016.

“Diante do conteúdo dos frequentes diálogos entre o ex-juiz federal e Procuradores envolvidos em investigações de que resultaram as persecuções penais a que responde o ora Peticionário, fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático”, disse a defesa.

A delação de Cerveró não foi fechada no Paraná, mas junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, em novembro de 2015. Pelo acordo, o ex-diretor da Petrobras devolveu cerca de R$ 18 milhões à estatal.

Caso Toffoli não estenda a Nestor Cerveró as decisões favoráveis a Odebrecht e Schmidt, a defesa dele quer que o ministro conceda a ele uma ordem de ofício, ou seja, de iniciativa própria, para anular todos os atos da Lava Jato contra ele.

 

 

 

 

 

 

 

 

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