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Mulheres ganham 27% a menos que homens no Rio de Janeiro, revela pesquisa

Foto: Arquivo Agência Brasil

As mulheres ganham 27,25% a menos do que os homens no Rio de Janeiro. No estado, a remuneração média dos homens é de R$ 5.568,75, enquanto a das mulheres é de R$ 4.051,19. É o que aponta o Relatório de Transparência Salarial, documento elaborado pelos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres com o recorte de gênero, a partir dos dados extraídos de informações enviadas pelas empresas com 100 ou mais funcionários, exigência da Lei nº 14.611/2023.

A Lei de Igualdade Salarial determina a equiparação de salários entre mulheres e homens em situações nas quais ambos desempenham funções equivalentes (ou seja, quando realizam o mesmo trabalho, com igual produtividade e eficiência). No Rio de Janeiro, a diferença de remuneração entre mulheres e homens varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença é de 29%.

No total, 4.254 empresas fluminenses responderam ao questionário. Juntas, elas somam 1,56 milhão de pessoas empregadas. O 2º Relatório foi apresentado na última quarta-feira, 18 de setembro. Em março, o primeiro relatório indicou que, em média, as mulheres recebiam 76% do salário pago aos homens no estado, ou 24% a menos. No primeiro ciclo, 4.187 empresas enviaram informações referentes a 1,5 milhão de pessoas empregadas.

No recorte por raça, o relatório aponta que o número de mulheres negras é maior que o de mulheres não negras nas empresas do levantamento, com registro de 300,3 mil e 297,3 mil, respectivamente. Contudo, mulheres negras recebem, em média, 39,36% a menos que as não negras. Entre os homens negros e não negros, a diferença de remuneração média é de 37,53%.

O documento registrou que, no Rio de Janeiro, 59,7% das empresas possuem planos de cargos e salários; 38% têm políticas de incentivo à contratação de mulheres; 42,3% adotam políticas para promoção de mulheres a cargos de direção e gerência e 33,3% adotam incentivos para contratação de mulheres negras. Em relação ao incentivo à contratação de mulheres LGBTQIAP+, 25,2% dos estabelecimentos contam com a política.

O relatório também apresenta informações que indicam se as empresas contam com políticas efetivas de incentivo à contratação de mulheres, como flexibilização do regime de trabalho para apoio à parentalidade, entre outros critérios vistos como de incentivo à entrada, permanência e ascensão profissional das mulheres.

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