Turismo

Disney e Universal de Los Angeles são menores que os de Orlando, mas têm charme

Com a popularização de Orlando, a cidade americana mais visitada por brasileiros, parques temáticos não são a primeira atração que vem à cabeça do turista que planeja uma viagem a Los Angeles. Mas foi na Califórnia que tanto a Disney quanto a Universal construíram suas primeiras unidades do gênero e criaram as bases do que hoje é visto em maior proporção na Flórida.

É inegável que os símbolos máximos desses parques —o castelo da Bela Adormecida, na Disney, e o de Hogwarts, de “Harry Potter“, na Universal— são muito menores do que os de Orlando, mas têm seu charme, e uma visita a eles pode ser mais divertida do que o glamour decadente de Hollywood, principalmente para crianças e fãs dessas histórias.

O Universal Studios Hollywood é o parque mais próximo, localizado a cerca de 15 quilômetros de carro do centro de Los Angeles e acessível também por metrô. A proximidade, somada ao seu tamanho menor do que os parques da Disney, torna a visita mais simples, rápida e menos cansativa.

Mesmo sem o tíquete expresso, que permite furar filas, é possível conhecer todas as atrações em um único dia, principalmente se o turista evitar os finais de semana ou os feriados, quando os parques ficam mais cheios.

Ele é dividido em dois terrenos, conectados por uma escada rolante. Na área superior, o destaque é o complexo do menino bruxo, que em datas especiais recebe um show de projeções sobre o castelo de Hogwarts, inspirado pelas casas da escola de magia —Grifinória, Sonserina, Corvinal e Lufa-Lufa.

Se por um lado a montanha-russa de “Harry Potter” é limitada e pouco criativa para os padrões atuais desses parques, a área tem o simulador mais criativo da Universal, que reproduz o de Orlando e leva o visitante a um voo por dentro e por fora de Hogwarts, numa cadeira que não tem restrições e gira quase 360°.

Ele é formado não só por projeções, como a maioria dos simuladores —entre eles o dos “Simpsons”—, mas por elementos cênicos em escala real, como criaturas e árvores mágicas que se contorcem e ameaçam atingir o turista.

Há ainda uma seção inspirada no universo dos games da Nintendo, inaugurada há cerca de dois anos, que tem atraído muitos visitantes, já que ainda não existe em Orlando, onde será inaugurada só no fim de 2025.

A área é um tanto pequena, e o brinquedo principal, que simula uma corrida de kart com óculos 3D, é algo confuso, mas o espaço é bom para tirar fotos e para as crianças interagirem com os personagens.

Na Universal, há ainda o Studio Tour, que recria sets das maiores produções cinematográficas da empresa e, diferente dos tours das concorrentes Disney, Sony e Paramount, não precisa ser pago à parte.

Já o complexo da Disney fica na cidade de Anaheim, a cerca de um hora de Los Angeles de carro, sem trânsito. O estúdio tem dois parques, que podem ser visitados no mesmo dia —com bastante correria— ou em dias separados.

É melhor se hospedar ao menos uma noite em Anaheim, para chegar bem cedo aos parques e ainda fugir da carestia do estacionamento. Como a cidade e sua área turística são pequenas, costuma ser acessível a pé ou por aplicativos de transporte, que não cobram caro como em Los Angeles.

O parque mais antigo, com o castelo da Bela Adormecida ao centro, é a Disneyland propriamente dita, mas não é por ela que o viajante deve começar sua visita, principalmente se optar por ir a ambos os parques no mesmo dia.

O Disney California Adventure Park, que tem como símbolos principais a montanha-russa de “Os Incríveis” e a roda-gigante de Mickey Mouse, é o menor dos dois parques, então a visita a ele pode ser feita em uma manhã para que, à tarde e à noite, o turista possa ficar apenas na Disneyland, onde há mais coisa para fazer e também filas maiores.

Há dois tipos de brinquedos: aqueles inspirados por personagens clássicos da Disney, como a Pequena Sereia e Peter Pan, que não oferecem muita diversão para os adultos, já que são apenas reproduções de cenários dos filmes atravessados por um carrinho, e os voltados aos adultos, com mais adrenalina.

No Disney California Adventure, os brinquedos que se destacam são o elevador de “Guardiões da Galáxia”, da Marvel, para adultos, e a corrida de “Carros”, para as crianças. Já na Disneyland, o destaque vai para a Space Mountain, que leva o visitante numa corrida às cegas pela escuridão estrelada do espaço, e a área de “Star Wars“, aberta há cerca de cinco anos.

O simulador principal da área dedicada aos filmes de George Lucas é um dos melhores dos parques temáticos não só da Califórnia, mas do mundo todo. A diversão começa na própria fila, em que o visitante é convidado a participar da história.

Depois, a atração mistura efeitos práticos e ultratecnológicos numa jornada por muitos cenários da saga, ora a pé, ora dentro de carrinhos. É capaz de impressionar até quem não tem relação afetiva com o universo de Darth Vader.

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