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Operação de Israel com explosão de pagers teve uma essência terrorista

Os serviços de inteligência de Israel falharam miseravelmente em outubro do ano passado, quando o Hamas atacou o país. Daí a subestimá-los, é mau negócio.

O Hezbollah do Líbano comprou pagers e walkie-talkies que começaram a explodir, matando e ferindo centenas de pessoas.

A operação teve uma essência terrorista. Morreram pessoas que não sabiam da origem dos aparelhos e também outras que estavam apenas por perto.

Durante a ditadura, quando o Brasil teve um programa nuclear secreto (e mambembe) com a ditadura de Saddam Hussein no Iraque, os israelenses teriam sido finíssimos. Segundo um ministro contou à época, caixas de equipamentos fabricados na França chegaram a Bagdá contendo também exemplares do Velho Testamento.

O programa era tão mambembe que Saddam Hussein, falando de um empresário paulista a um embaixador brasileiro, disse-lhe: “Por favor, diga a ele para não vir aqui para oferecer o que vocês não têm” (era o projeto de uma bomba atômica).

Essa operação resultou na morte de um jornalista brasileiro, assassinado em 1982 por brasileiros, junto com a mulher e um barqueiro. O casal passeava no mar do Rio.

Alexandre von Baumgarten escrevia um livro sobre a transação nuclear com o Iraque. Chamava-se “Yellow Cake”, nome de um pó de urânio natural.

Como havia um toque de trapalhada nas operações secretas da ditadura, sua mulher, o barqueiro e até o barco sumiram, mas o cadáver de Baumgarten acabou batendo numa praia. Ele estava sentado na borda da lancha quando foi baleado e caiu no mar. Afundou e apareceu dias depois, com duas balas no corpo.

A grande Pamela

Saiu nos Estados Unidos mais uma biografia de Pamela Harriman. Chama-se “Kingmaker” e conta a vida dessa grande mulher. Ela morreu em 1997, aos 76 anos, depois de sofrer um AVC enquanto nadava (sem molhar o cabelo) na piscina coberta do hotel Ritz de Paris.

Pamela era embaixadora dos Estados Unidos na França, nomeada pelo presidente Bill Clinton. Anos antes, quando ele era um gorducho provinciano do Arkansas e havia perdido a reeleição para governar seu estado, sentia-se um caco. Ela o apresentou às pessoas certas de Washington, Clinton ganhou a eleição seguinte no Arkansas e acabou na Casa Branca.

Ela havia montado um fundo de arrecadações apelidado de PamPac que refrescou campanhas democratas pelo país afora, inclusive de outro que estava na pior e chamava-se Joe Biden.

A autora, Sonia Purnell, tentou sair do estereótipo da cortesã. Os homens passavam pela vida de Pamela e saíam maiores. O grande exemplo foi Gianni (Fiat) Agnelli, que entrou como um playboy italiano e saiu como o grão-senhor internacional que era.

Pamela nasceu Digby, filha de um baronete inglês. Casou-se com o filho (chato e bêbado) de Winston Churchill. Num século em que homens colecionavam namoradas, ela colecionou namorados. Purnell calcula-os na casa da centena. Um dos últimos pode ter sido o guarda-vidas da piscina do Ritz.

Purnell mostra que Pamela era uma mulher forte, sabia o que queria e gostava do andar de cima onde vivia. Tomou chá com Adolf Hitler e foi amiga de Mikhail Gorbachov.

Pamela foi Churchill, mas morreu como Pamela Harriman, viúva do ícone americano Averell Harriman. Apelidado de Crocodilo, ele nasceu milionário, foi o homem do presidente Franklin Roosevelt em Londres nos primeiros anos da Segunda Guerra (quando começou a namorar Pamela, nora do primeiro-ministro). Reencontraram-se em 1971 e casaram-se meses depois.


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