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Nunes virou despachante do Bolsonaro e negacionista, afirma vice de Datena

Presidente municipal do PSDB e vice de José Luiz Datena (PSDB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, José Aníbal afirma que o novo posicionamento do prefeito Ricardo Nunes (MDB) contra a obrigatoriedade da vacinação anti-Covid transformou sua reeleição em uma possibilidade perigosa para a população.

O ex-senador argumenta que “com a crise climática cada vez mais agravada e a possibilidade de surgimento de um novo vírus”, o emedebista pode dificultar as estratégias de combate epidemiológico.

“O Bruno [Covas, prefeito de São Paulo, morto em 2021] se mudou para a prefeitura. Foi o maior erro que Bruno cometeu na vida, escolher Nunes como vice. Um desastre. Ele se tornou um despachante do [Jair] Bolsonaro. Ele vem agora e diz isso, ‘a vacinação não é obrigatória’. Que ignorância”, diz Aníbal, que acompanhou Datena ao debate entre candidatos promovido pelo SBT nesta sexta-feira (20).

O tucano define a postura do prefeito como “oportunismo político vulgar”. Na tentativa de conquistar o apoio de fatia do eleitorado que simpatiza com Pablo Marçal (PRTB), Nunes deu entrevistas a influenciadores bolsonaristas nas quais se alinhou a posicionamentos da extrema direita.

Nelas, o emedebista disse que errou ao defender a obrigatoriedade da vacina e o fechamento do comércio durante a pandemia da Covid-19 e admitiu a possibilidade de abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

“É ignorância, uma coisa estúpida. Ele tenta satisfazer quem o está monitorando hoje. Caso reeleito, a prefeitura dele vai ser a de Valdemar Costa Neto [presidente do PL], Ciro Nogueira [do PP], Marcos Pereira [do Republicanos]”, diz Aníbal.

Em sua entrevista, o influenciador Paulo Figueiredo mostrou a Nunes um vídeo em que ele defendia o uso de máscara, álcool em gel e isolamento social.

“A questão da obrigatoriedade da vacina, eu tenho muito tranquilidade, depois de toda a experiência, e tenho humildade para falar isso, que hoje eu sou contra”, disse Nunes em resposta.

Também afirmou que foram equivocadas medidas como fechamento do comércio, que na época ele defendeu. “Está provado que foi errado, até por conta do que está vindo agora de estudo.”

“Com os recursos que a prefeitura tem hoje, o que eu mais lamento em uma eventual vitória dele [Nunes] é o desgaste em matéria de políticas públicas, a descrença, porque ele realmente não é capaz de fazer uma regência da cidade”, conclui Aníbal.


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