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Deltan acredita que perito do caso de Roma pode ser perseguido

O ex-procurador Deltan Dallagnol teme que o professor Ricardo Molina sofra perseguição. Ele assina o laudo técnico sobre o caso do aeroporto de Roma dizendo que Alexandre Barci, filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agrediu o empresário Roberto Mantovani com um “tapa na nuca”.

A confusão entre as famílias Moraes e Mantovani aconteceu em 14 de julho de 2023 e só agora o laudo traz revelações ainda não divulgadas para a imprensa, mostrando que, ao contrário do que foi dito, Mantovani apanhou de Barci.

Para produzir o documento, Ricardo Molina teve de assistir às gravações na sede do STF, na semana passada, acompanhado do advogado Ralph Tórtima, dois juízes auxiliares de Moraes e cinco servidores públicos.

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No laudo, o professor diz que uma cena foi suprimida, sendo ela de “extrema importância” para o caso, pois mostra quem realmente agrediu e quem foi agredido, dizendo que primeiro Barci dá um tapa no empresário que, só depois, levanta o braço e acerta os óculos do filho do ministro.

– Tal cena, de extrema importância, mostra uma agressão praticada por Alexandre Barci contra Roberto Mantovani, consistindo em um tapa na nuca. Houve, portanto, uma agressão anterior ao gesto de Roberto Mantovani, o qual, nas imagens de vídeo levanta o braço em movimento instintivo de defesa, resvalando nos óculos de Alexandre Barci.

Na visão de Deltan, o perito pode correr riscos e, por isso, pediu orações pela carreira de Molina.

– Orem pela carreira desse perito: a julgar pelos últimos acontecimentos, irão abrir um processo administrativo disciplinar contra ele por atuar para “descredibilizar” as instituições, atacar o Supremo e atentar contra a democracia – declarou ele na rede social X.