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Olimpíadas de Paris: Natação começa neste sábado e tem jovens fenômenos, estrelas consagradas e ameaça à hegemonia dos EUA

Estrelas em ascensão, fenômenos que “derreteram” e agora estão de volta, campeões consolidados e uma soberania ameaçada. Este é o cenário da natação, que começa neste sábado na Arena La Défense, em Paris, e vai até o próximo dia 4. Nesta edição, promete disputas intensas tanto no individual quanto entre delegações, o que é raro na modalidade.

Os Estados Unidos são os tradicionais “donos” das piscinas. Desde Seul-1988, quando ficaram atrás da Alemanha Oriental entre as delegações com mais ouros, sempre desbancaram todos os rivais. Mas esta hegemonia nunca esteve tão sob risco.

Os responsáveis por isso são os australianos. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, eles levaram nove ouros, só dois a menos que os americanos. A certeza de que o time australiano não chegou tão longe por acaso veio no Mundial de Esportes Aquáticos de Fukuoka-JAP, em 2023. Desbancou os EUA e levou o maior número de ouros na natação: 13 contra sete.

Boa parte da força australiana vem das mulheres. No Mundial de 2023, elas foram responsáveis por oito dos 13 ouros. Em Tóquio, por sete dos nove.

Destaque das australianas em Tóquio, Ariarne Titmus chega a Paris como um dos grandes nomes do esporte. Hoje, a nadadora de 23 anos é favorita naquela que é considerada uma grandes disputas do dia: os 400 metros livre. A expectativa se deve ao seu embate com a americana Katie Ledecky, uma das principais estrelas da natação americana e multimedalhista.

Se nos 400m livre o favoritismo é de Titmus, Ledecky não deve ter concorrentes nos 1.500m e nos 800m. Nesta última, a americana de 27 anos caminha para entrar no seleto time dos tricampeões olímpicos numa mesma prova.

Além de Ledecky, quem lidera os EUA é Caeleb Dressel. Depois de Tóquio, o nadador se afastou das piscinas por quase um ano. Retornou em 2023 com tempos ainda longe dos melhores, mas chega em Paris mais competitivo e cotado ao ouro nos 50m livre e nos 100m borboleta.

Aos 27 anos, Dressel lidera os EUA no 4x100m livre, sempre uma das provas mais aguardadas. Sua equipe, mais uma vez, é a principal candidata ao ouro. Mas vê a Austrália no encalço. No feminino, o favoritismo entre os países se inverte.

A natação tem outras atrações além da disputa entre as duas delegações. Como o francês Leon Marchand, de 22 anos, favorito nos 400m medley e nos 200m medley e que vai brigar nos 200m borboleta. Esta prova promete grande duelo entre ele e o atual campeão Kristof Milak, fenômeno húngaro que viveu um 2023 atípico, mas que voltou a fazer bons tempos.

Outro nome que atraiu os olhos do mundo, sofreu queda repentina e agora se reergue é o romeno David Popovici. Campeão mundial em 2022 nos 100m e nos 200m livres. Aos 19 anos, ele chega como favorito na segunda prova. Já na primeira, a mais tradicional do esporte, deve travar disputa acirrada com o chinês Pan Zhanle, também de 19 anos.