Turismo

As 5 piores pizzas de uma vida

Todo mundo em Brasília conhece a Pizzaria Dom Bosco. Sobrevive desde os tempos do JK graças ao preço baixo e à comodidade de várias unidades abertas até de manhã.

Mentira, tem mais do que isso. Os brasileiros adoram a pizza Dom Bosco. Fica forte na memória afetiva dos nascidos ou ligados à capital.

Tais paixões são difíceis de entender para um estranho. O Dom Bosco é sempre um espaço muito simples com um forno onde ficam os rolos de massa semi-seca. A pizza tem apenas um sabor: mussarela. O molho, se merece o nome, vai por cima do queijo.

Recomendado para evitá-lo, experimentei a pizza Dom Bosco. Totalmente aceitável, mas esteja avisado, tenho uma tolerância excepcionalmente alta para pizza ruim.

É preciso muito talento e determinação para fazer uma pizza de mussarela não comestível. Afinal, é só pão e queijo. Não estou falando dos outros sabores: com pequenas doses de óleo trufado ou cheddar cremoso, você pode cometer terríveis tragédias.

Não consigo citar as cinco melhores pizzas que já comi – foram muitas ao longo dos anos, demais para minha cabeça danificada. Pizzas ruins deixaram uma marca indelével em mim.

Sem mais delongas, vamos aos cinco primeiros.

Quinto, me fez entender que até a pizza de mussarela pode ser um ser maligno.

Eu tinha 21 anos, um vagabundo total, e fui para Londres sem um tostão e sem noção. Decidi imediatamente atacar as pizzas que alguns imigrantes asiáticos vendiam na calçada, no micro-ondas e com um pouco de salada de repolho à parte. Muito, muito ruim – mas voltei para eles porque a comida inglesa que eu podia comprar era ainda pior.

Em quarto lugar, minha última descoberta, um armazém que começa com “boi” e termina com “xo”.

Cometi o erro de pedir uma pizza que foi imediatamente aquecida no micro-ondas pela NASA por seis ou sete segundos. Massa quase liquefeita, molho inexistente, queijo queimado, parecia uma encarnação pós-apocalíptica da pizza londrina.

A medalha de bronze foi para a famosa cadeia de esfihas, que causam azia. Como os esfihs dão azia e o pessoal do escritório insistia em pedir para servir, decidi pelo item mais perigoso do cardápio: ela, pizza de mussarela.

Ela estava até bonita na foto. Ao vivo, tinha macarrão ruim, queijo ruim e molho unidimensional, espalhado em um círculo vermelho bem onde a borda encontra a mussarela. Ele merece um pódio por sua cara de pôquer.

Segundo, a única pizza que entregam no apartamento onde mora meu filho, interior de São Paulo. Com eles, não basta usar os piores ingredientes, tem que usar toneladas deles. Dois dedos do queijo mais gorduroso da face da terra.

Por fim, o campeão mora (ou morou) em uma desavisada padaria em São Paulo. Insidioso em sua aparência inocente, com certificado de lanche seguro, carregava odores desagradáveis ​​na mussarela. Não sei como explicar, é simplesmente sobrenatural.

Ou podre.

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