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Vírus da dengue está causando meningite – Correio do Estado

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Vírus da dengue está causando meningite
Redação
karine cortez
 
Além dos sintomas tradicionais, pacientes acometidos por dengue estão apresentando sequelas neurológicas que comprometem o sistema motor e desenvolvendo meningite provocada pelo vírus transmitido por mosquitos, conforme informou o neurologista Renato Lima Ferraz. Ontem a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, confirmou a situação e disse que as autoridades estão em alerta. “Temos registrado queda na incidência da dengue, mas agora nossa atenção é mesmo para pacientes com maiores complicações. Junto com o Ministério da Saúde, estamos avaliando o porquê desta capacidade do vírus em provocar casos mais graves este ano”, explicou.
O neurologista afirmou que em 2009 recebeu cinco pacientes que desenvolveram a meningite viral ao contrair a dengue. Embora seja meningite viral, ela não se transmite pelo ar, assim como acontece com a meningite tradicional, segundo o médico. Ele explica que somente o mosquito transmite o vírus e, consequentemente, a meningite.
Segundo ele, os médicos não devem banalizar a dor de cabeça, pois ela pode ser o primeiro sintoma de que o paciente está desenvolvendo a doença. “Trata-se de uma patologia que não é incomum aparecer em pacientes com dengue. Mas muitas pessoas evoluem bem e conseguem melhorar”, salientou Renato.
O infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha ressaltou que a forma grave da dengue também pode resultar em impotência sexual nos homens e os pacientes podem desenvolver incontinência urinária ou retenção urinária. Mas, segundo ele, trata-se de sequelas que, na maioria das vezes, são reversíveis. “Em Mato Grosso do Sul, nunca tive relatos de pacientes que não conseguiram reverter uma situação. Mas, conheci uma pessoa de outro Estado que ficou seis meses na cadeira de rodas após ter contraído dengue. Esse paciente perdeu os movimentos das pernas e só depois de muita reabilitação voltou a andar”, enfatizou.
O neurologista Renato Ferraz disse ainda que já atendeu pacientes em Campo Grande que perderam a força dos braços e pernas após contrair dengue, características de sequelas neurológicas. “Às vezes, até a fala é comprometida”.
Em todo o Estado já são 43 mil casos notificados de dengue, sendo 28 mil só na Capital desde o começo do ano. De acordo com Beatriz Dobashi, o número de mortes já chega a 31 em Mato Grosso do Sul neste período.
 
Sintomas
Na dengue clássica, os principais sintomas são: febre elevada, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e dor de cabeça intensa. Pode, ainda, haver manchas vermelhas pelo corpo e falta de apetite.
Já quem contrai a dengue hemorrágica apresenta queda na pressão arterial, sangramentos na gengiva e nariz e fortes dores no abdome.
Cidades
“Chefão” do futebol de MS foi internado com princípio de infarto após ser comunicado da morte de uma irmã
07/06/2024 16h45
Francisco Cezário, presidente da FFMS, é quem comanda o futebol do Estado há mais de duas décadas Foto: Divulgação
O presidente afastado da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário, recebeu alta do Hospital nesta sexta-feira (7) e já está em casa, utilizando tornozeleira eletrônica.
Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, Cezário precisou ser internado às pressas na noite da última quarta-feira (5), com um princípio de infarto. Segundo informações iniciais, ele precisaria passar por cateterismo, um procedimento que trata doenças cardíacas por meio da introdução de um tubo flexível, o cáteter.
O problema aconteceu logo após Cezário tomar conhecimento do falecimento de sua irmã, Maria Rosa Cezário, de 81 anos, que morreu naquele mesmo dia, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
O “chefão” do futebol em Mato Grosso do Sul estava no Presídio Militar desde o dia 21 de maio, quando foi preso pelas equipes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, durante a Operação Cartão Vermelho, que investiga uma suposta organização criminosa que teria desviado mais de R$ 6 milhões da FFMS entre 2018 e 2023.
Ontem (6), a desembargadora Elizabete Anache, da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que já havia negado liberdade a Cezário uma vez, voltou atrás na decisão e concedeu a liberdade, justamente por conta da morte da irmã e em decorrência de problema de saúde.
No despacho ela deixa claro que Cezário terá de usar tornozeleira eletrônica por 90 dias e está proibido de ter contato com os demais acusados e testemunhas.
Ele também está proibido de se ausentar da comarca por mais de oito dias sem o prévio conhecimento e anuência do juízo natural, não pode mudar de endereço sem autorização e está proibido de comparecer à sede da FFMS. Além disso, continua suspenso de suas atividades na Federação. 
A magistrada determina ainda que o teor de sua decisão seja encaminhado à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Assembleia Legislativa que, segundo ela, teria instaurado uma CPI para apurar as denúncias de corrupção na entidade. 
Autor do pedido de libertação, o advogado André Borges afirmou que “Francisco Cezário agora cuidará da saúde e da defesa que apresentará à boa justiça estadual”. 
Segundo o balanço, divulgado pelo Gaeco, as investigações tiveram início há 20 meses, e constataram que foi instalada na FFMS uma organização criminosa que desviava valores recebidos do Governo do Estado (via convênio, subvenção ou termo de fomento) e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A quantia desviada era utilizada para benefício dos envolvidos no grupo, e não chegava a ser investido no futebol estadual.
“Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul – FFMS, em valores não superiores a R$ 5.000,00, para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema”, dizia nota do Gaeco.
Usando desse mecanismo, os integrantes da organização realizaram mais de 1.200 saques, que somados ultrapassaram o valor de R$ 3 milhões.
A investigação também aponta que os suspeitos também possuíam um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.
“Esse esquema de peculato estendia-se a outros estabelecimentos, todos recebedores de altas quantias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. A prática consistia em devolver para os integrantes do esquema parte dos valores cobrados naquelas contratações (seja de serviços ou de produtos) efetuadas pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul”, explicou o Gaeco.
De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram desviados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul mais de R$ 6 milhões.
A justiça emitiu sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão. Além de Cezário, foram presos cinco familiares, sendo quatro sobrinhos e o filho de um destes.
Saiba: O nome da operação, Cartão Vermelho, é autoexplicativo e faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.
Oficialmente, Cezário comandou a entidade futebolística pela primeira vez em 1987, 37 anos atrás. 
Neste período, ele ficou, em tese, fora do do comando da associação por quatro anos, entre 2001 a 2004, quando assumiu a prefeitura de Rio Negro, cidade distante 150 quilômetros de Campo Grande. Mesmo assim, controlava a Federação.
Cezário tentou reeleger-se prefeito, mas não conseguiu. Ele voltou para a FFMS e não saiu mais. Normalmente, ele concorre sozinho, sem adversários.
Votam nas eleições da FFMS dirigentes de associações (clubes profissionais), associações (clubes praticantes do futebol amador da capital e do interior) e ligas municipais amadoras. Em torno de 35 pessoas participam do pleito.
A operação Cartão Vermelho não chega a ser uma novidade no histórico de Francisco Cesário. Ele já havia sido condenado, em 2009 em primeira instáncia e em 2010 a 2ª Turma Criminal do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) ratificou a decisão para que cumprisse pena de quatro anos e cinco meses, em regime semiaberto, por desviar algo em torno de R$ 56 mil Federação de Futebol.
De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, Cezario foi denunciado pelo Ministério Público por ter supostamente transferido recursos da FFMS para a conta particular.
Dizia ainda a denúncia que parte do dinheiro o presidente investiu em campanha política, quando era candidato a prefeito da cidade de Rio Negro, no fim da década de 90.
Na época, a denúncia foi baseada em provas levantadas pela PF em meio a uma CPI que investigou as relações entre a CBF e a Nike.
Com informações de Felipe Machado, Neri Kaspary e Naiara Camargo.
Caso Marielle
Acusado de ser um dos autores do assassinato da vereadora Marielle Franco, tem pedido de transferência concedido por Alexandre de Morares para presídio de São Paulo
07/06/2024 15h50
Reprodução Tv Globo
O Ministro Alexandre de Moraes, autorizou a transferência de Ronnie Lessa da Peninenciária Federal de Campo Grande para o Presídio de Tremembé no interior de São Paulo. Na nova “casa” dividirá espaço com o ex-jogador de futebol Robinho, e os irmãos Cravinhos.
O ex-policial está preso desde 2019, acusado de ser autor dos disparam que tiraram a vida da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. 
A transferência faz parte do benefício por Lessa ter aceitado colaborar com a Justiça, por meio de delação premiada, conforme noticiado pelo Correio do Estado, quando fechou acordo o ex-policial chegou a ser abandonado pelos advogados. 
“Os benefícios previstos na colaboração premiada dependem, obviamente, da eficácia das informações prestadas, uma vez que trata-se de meio de obtenção de prova, a serem analisadas durante a instrução processual penal. Isso, entretanto, não impede que, no presente momento, seja realizada, provisoriamente, a transferência pleiteada – enquanto ainda em curso a instrução processual penal; medida possível e previamente acordada por esse juízo com à Chefia do Poder Executivo bandeirante e com a Corregedoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo”, diz o despacho.
 
Por meio da delação de Lessa, a Polícia Federal chegou até os supostos mandantes, os irmãos Brazão. Após a prisão, o deputado federal, Chiquinho Brazão foi transferido em março deste ano para a Penitenciária Federal da Capital. 
Conforme noticiado à época, o ex-militar só aceitou colaborar com a investigação depois de Élcio de Queiroz o apontar como autor dos disparos e revelar a dinâmica do crime.
Na Capital, o acusado de matar Marielle foi ouvido em cerca de 10 oitivas por agentes da Polícia Federal que investigam o caso. Ele teria prestado três depoimentos após a delação ter sido firmada com a PF e com a Procuradoria-Geral da República (PGE).

A vereadora pelo PSOL Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos a tiros no dia 14 de março de 2018, na região central do Rio de Janeiro. Ao todo 13 tiros foram disparados contra o carro da parlamentar. Marielle e Anderson morreram. Além deles, a assessora da parlamentar também estava no veículo e sobreviveu ao atentado. Desde então busca-se saber que foram os mandantes do crime.

Lessa era policial militar do Rio de Janeiro e foi expulso da corporação em razão das investigações do caso Marielle Franco.  
Preso em março de 2019, Ronnie Lessa é acusado de ser o executor do crime. Segundo Lessa, Élcio de Queiroz é apontado como autor dos disparos.
Em 2021, Ronnie foi condenado a 4 anos de prisão pela ocultação das armas usadas no crime. A pena foi aumentada logo após para 5 anos. Segundo o  Ministério Público, Lessa jogou as armas no mar da Barra da Tijuca.
Lessa, antes de ser policial, passou pelo exército. Ronnie passou a ser reconhecido no mundo no crime, em 1992, após ser policial militar como  adido na Polícia Civil do Rio.
Nessa condição, Lessa ficou conhecido nas ruas e se destacou pela  agilidade e pela coragem na resolução dos casos.
** Colaborou Alanis Netto, Daiany Albuquerque
 
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