Turismo

Itália é o destino histórico favorito, e também a viagem dos sonhos dos paulistanos

Em fevereiro, cartões-postais de São Paulo, como o Pátio do Colégio, a ponte estaiada Octavio Frias de Oliveira e o Monumento às Bandeiras, foram iluminados com as cores da bandeira da Itália. A ação fazia parte das celebrações dos 150 anos da imigração italiana no Brasil.

Em uma cidade do tamanho de São Paulo, não são poucas as referências à cultura do país europeu —às vezes em bairros inteiros, como Mooca e Bela Vista—, celebradas em festas ou na mesa, seja no macarrão de domingo ou na pizza nossa de cada dia.

Assim, é com pouca surpresa que a pesquisa Datafolha revela que a Itália é a viagem dos sonhos dos paulistanos (pela quinta vez), com 8%. O país também é tricampeão do levantamento na categoria destino histórico, com 15% —e outros 10% citaram Roma, somando 25% de preferência para a turma da Bota.

O turista pode tropeçar na história qualquer que seja a direção tomada. Mas apesar de soar um tanto redundante, o Coliseu, na capital Roma, é inevitável para visitantes de primeira viagem.

Símbolo do Império Romano, a grande obra arquitetônica é considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno. Dizem que a muvuca é menor na primavera (março a junho) ou no outono (setembro a dezembro), mas melhor se preparar para se digladiar em qualquer época.

Ainda na capital, são vários os pontos turísticos que fazem referência ao antigo império ou ao catolicismo —o Vaticano é um enclave dentro de Roma e é preciso separar pelo menos um dia da viagem para conhecê-lo adequadamente. Sempre lotado, o país-casa do papa é um teste mais de paciência do que de fé.

Cinéfilos devem ter um checklist na mão, com os cenários de filmes de Fellini, como a Fontana di Trevi, imortalizada no banho de Anita Ekberg em “A Doce Vida”; ou a bela Piazza di Spagna, local preferido dos fãs de “A Princesa e o Plebeu”. Se bem que sua famosa escadaria de 135 degraus teve o público renovado após a perseguição de carros no recente “Missão: Impossível – Acerto de Contas – Parte 1“, cujo clímax se deu com Tom Cruise quicando um Fiat 500 degrau abaixo.

Com mais de 50 sítios com o selo de Patrimônio da Humanidade, a história italiana vai muito além da capital.

Um exemplo é a cidade de Veneza, ao norte do país. Palco de uma das exposições mais influentes do mundo (a bienal) e de um dos principais festivais de cinema, a cidade de inúmeros canais passou a cobrar uma taxa de 5 euros aos turistas. O pedágio causou indignação até nos venezianos, que foram às ruas protestar.

O tal imposto, por enquanto, é cobrado em dias e períodos específicos do ano, como fins de semana e feriados.

De acordo com Michele Zuin, que é responsável pelo orçamento de Veneza, o objetivo é “desincentivar o turismo de massa, que é o que cria, digamos, a dificuldade de viver nesta cidade”.

E que tal então parar no meio do caminho entre Roma e Veneza? Florença é um símbolo do Renascentismo, com obras de arte a céu aberto a perder de vista.

Já ao sul da cidade, na mesma Toscana, está a belíssima San Gimignano, cujo centro fica em uma colina. Suas construções medievais conservadas foram ponto de parada para peregrinos no caminho à capital. Diz o ditado que todos os caminhos levam a Roma, mas poucos proporcionam a vista de San Gimignano.

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