Após crise de ciúmes, mulher queima sobrinha de 14 anos com água fervente

No dia 3/4, uma mulher agrediu sua sobrinha de 14 anos, jogando um balde de água fervente sobre a cabeça da jovem. Além de queimar a adolescente, a tia também a agrediu fisicamente e a ameaçou com uma faca. O incidente ocorreu em Samambaia e foi filmado com um celular que a mulher colocou estrategicamente antes de iniciar a tortura. A motivação para o ato violento foi a suspeita de que a sobrinha estivesse tendo um caso com seu marido.

O vídeo que capturou a agressão mostra a adolescente sentada no chão, cuidando das unhas, quando é surpreendida pela tia que despeja um balde de água quente sobre ela. A menina, chorando, pede para a mulher parar, mas é agredida com tapas. Durante a gravação, o celular cai e apenas o áudio do incidente continua sendo gravado.

A mulher prosseguiu com o ataque, insultando a menina e afirmando que ela não deixaria a casa. A adolescente suplicava para ser liberada, mas a mulher zombava de seus pedidos e continuava a agressão. “Nunca mais homem nenhum vai te querer. Eu vou deixar um sinal na cara dela”, a agressora gritava.

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Os filhos da mulher, que testemunharam toda a cena, podem ser ouvidos implorando para que a mãe parasse de bater na prima. No entanto, ela insistia que não permitiria que a menina fugisse, pois seria denunciada. Em um ponto do vídeo, a mulher pega uma faca e ameaça a adolescente. Nesse momento, os gritos se intensificam e tanto a vítima quanto os filhos entram em pânico.

A agressora questiona a jovem se iria à polícia, e a adolescente, assegura que ficará em casa e não irá a lugar algum.

O Conselho Tutelar da Cidade Ocidental, que recebeu a denúncia, a menina já havia morado com a tia por um ano antes de se mudar para a casa da prima na mesma cidade em janeiro. Depois de meses vivendo nas proximidades do DF, retornou à casa da tia cerca de duas semanas atrás.

A agressora levou a adolescente para a casa da prima na Cidade Ocidental. Assustada, a menina alegou que se queimou acidentalmente com uma panela. No Hospital Municipal da Cidade Ocidental, ela manteve a mesma versão

Entretanto, Rafaela Mendes, conselheira tutelar que recebeu o vídeo e a denúncia anônima, chamou a Polícia Militar e informou à equipe médica o que realmente aconteceu.

A adolescente admitiu que foi agredida pela tia apenas depois de uma longa conversa com a conselheira tutelar, que garantiu que ela receberia todo o cuidado necessário.

“Atuo como conselheira há 12 anos e jamais tinha presenciado uma situação assim. Foi chocante, ela chorou e eu chorei junto”, declarou a conselheira ao Correio.

A menina foi levada para o Hospital Regional da Asa Norte (Hran), onde continua internada. O Conselho Tutelar, que está acompanhando de perto a situação da adolescente, informou que está estável, mas não há data prevista para alta.