Futuro da Selic: BC avalia adotar mais cautela na redução da taxa de juros
O aumento nas incertezas sobre a inflação pode reduzir o ritmo de cortes da taxa básica de juros da economia, a Selic. A avaliação está na ata da reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, divulgada na terça-feira (26). Na semana passada, o comitê reduziu a taxa para 10,75%.
Na reunião, o Comitê avaliou que no exterior o cenário desinflacionário está mais incerto por causa da atividade econômica nos Estados Unidos.
Já no cenário econômico interno, a preocupação é com a meta de déficit zero do governo e o setor de serviços, segundo avalia o economista e professor Cesar Bergo.
“Embora a arrecadação tenha melhorado, ainda tem certa incerteza com relação ao cumprimento do arcabouço fiscal. Portanto, é uma sinalização do Banco Central essa preocupação. A outra é com relação ao setor de Serviços, pois a resiliência inflacionária do setor de Serviços acaba dando esse reflexo e leva o Banco Central a adotar uma política que eles chamam de prudente”, disse.
A ata mostra que alguns membros do Copom, argumentaram que, se a incerteza permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de relaxamento dos juros pode ser apropriado.
Já o professor Cesar Bergo tem uma opinião mais otimista por causa dos dados positivos referentes à economia e à inflação.
“Do ponto de vista de reduzir os cortes, eu acredito que não. Deve ser mantida, provavelmente, essa dinâmica de corte de 0,5%. Sendo que um dos encontros do Copom, no futuro, poderíamos ter uma surpresa de um corte ainda maior, na faixa de 0,75%. É isso que o mercado acredita”, destacou
O Copom apontou mais uma redução de meio ponto percentual na próxima reunião de maio, mas sem indicar futuras decisões a partir de junho.
*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da EBC. Compartilhe esta notícia do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.