Licitação das Barcas : Uma Oportunidade para trazer Melhorias para a Ilha do Governador
Algumas semanas atrás, foi realizada uma Audiência Pública para captar sugestões visando aperfeiçoar o Edital sobre os futuros serviços das Barcas, que serão licitados em uma nova concessão. Apesar de não participar presencialmente, fiz contribuições por escrito à Secretaria Estadual de Transportes e à Agência Reguladora AGETRANSP. Como Engenheiro, Conselheiro Vitalício do Clube de Engenharia, morador da Ilha do Governador e usuário das Barcas, e por ter participado de Audiências Públicas no passado, enviei algumas sugestões.
Na ocasião, priorizei os comentários sobre os serviços para a Ilha do Governador, tendo em vista minha luta pelo retorno das Barcas para a Ilha durante o governo de Brizola, e minha participação ativa na instalação da atual estação no Aterro do Cocotá. Isso aconteceu quando eu, como Secretário, estive presente na inauguração com a então Governadora Rosinha, há cerca de 20 anos.
As contribuições são em caráter geral, sugerindo para avaliação, visando constar nas obrigações dos licitantes e dos editais.
Resumo das doze contribuições:
- As Barcas na nova concessão devem oferecer acesso gratuito ao Wi-Fi. Esse serviço não apenas é benéfico para os usuários, que podem aproveitar seu tempo de viagem, mas também permite que a concessionária divulgue seus serviços.
- É importante que as Barcas disponham de sistemas para carregar celulares, seja através de USB ou tomadas elétricas. Isso já é um padrão em ônibus.
- A grade de horários da Ilha do Governador para a Praça XV deve ser revisada, retornando à grade antiga, pois os horários atuais não atendem adequadamente os deslocamentos dos moradores.
- Nos finais de semana, deveria haver pelo menos dois horários de ida e volta entre a Praça XV e Paquetá, parando na Ilha do Governador, o que beneficiaria o turismo local e a integração entre as ilhas.
- Deve-se disponibilizar um sistema de monitoramento online das Barcas, permitindo aos usuários planejar melhor suas viagens e aumentar a segurança.
- O sistema de climatização das Barcas precisa ser revisto, garantindo conforto conforme as normas ABNT, especialmente durante ondas de calor.
- O espaço atual da Estação das Barcas no Aterro do Cocotá deve ser preservado, evitando mal-entendidos sobre a área disponível para a nova concessão.
- A instalação de um bicicletário no acesso à estação promoverá uma integração segura e sustentável, devendo ser monitorada por câmeras.
- É essencial que a nova concessionária implemente um sistema de segurança interno, com câmeras para monitorar a entrada e saída dos passageiros.
- A futura concessionária deve buscar a integração com os transportes locais da Ilha, facilitando o acesso à estação em horários adequados.
- A Estação do Cocotá não deve ser usada como estaleiro de reparos ou para estacionar barcas fora de uso, e deve-se avaliar a batimetria para eventual dragagem do canal.
- Deve-se criar um canal de comunicação, como WhatsApp ou SMS, para informar os usuários sobre serviços, atrasos e mudanças de horário, e considerar a venda antecipada de passagens com reserva de assentos.
O transporte das Barcas é fundamental na história e no desenvolvimento da Ilha do Governador e pode desempenhar um papel crucial na melhoria do tráfego e na integração regional dentro da Baía de Guanabara.