A divisão dos R$ 62,5 milhões para o carnaval do Rio de Janeiro
O investimento do governo do Estado do Rio no carnaval de 2023 será na ordem de R$ 62,5 milhões, segundo divulgou o governador Cláudio Castro nesta sexta-feira (15).
Deste montante, R$ 26 milhões serão destinados às escolas de samba do Grupo Especial, R$ 9,7 milhões para a Série Ouro e R$ 4,3 milhões para as séries Prata e Bronze.
A Liesa (Liga das Escolas de Samba) vai receber R$ 10 milhões para montar um calendário de eventos o ano todo na Cidade do Samba.
“É nossa obrigação ajudar o carnaval”, disse o governador.
Castro falou sobre a previsão de déficit no orçamento de 2024, estimado em R$ 8,5 bilhões, e sobre a destinação dos recursos para o carnaval no momento delicado para as finanças públicas.
“O governo vai gastar R$ 50 milhões no carnaval? Sim, porque não é gasto, é investimento”, destacou.
Instado a comentar a polêmica da gestão do Sambódromo, transferida para o governo do estado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), o governador desconversou.
“Marco Maciel já dizia que quem tem prazo não tem pressa”, declarou. “Será na base do diálogo. Vamos conversar com as escolas, com o Parlamento, com a prefeitura, e dentro do meu prazo vou tomar uma decisão melhor para todos”, disse.
Entenda o caso
Uma lei de autoria do deputado Rodrigo Amorim (PTB) revogou o Decreto-lei 224, que reconhecia de domínio do Município do Rio os imóveis na região da Cidade Nova, depois da fusão do Estado da Guanabara com o Rio, em 1975.
Os imóveis pertenciam à Prefeitura do Distrito Federal, que era no Rio de Janeiro. Por isso, o Sambódromo era, até então, administrado pela Prefeitura do Rio.
A Procuradoria-Geral do Município argumenta que o projeto de lei é inconstitucional e que o artigo 13 da lei complementar federal 20/1974 regula a partilha de bens do antigo Estado da Guanabara.
*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.