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Justiceiros de Copacabana: Especialistas criticam; governo do Estado reforça segurança 

O governo do estado do Rio de Janeiro anunciou um reforço na segurança no bairro de Copacabana, um dos cartões postais da capital fluminense. Essa ação vem depois dos registros de casos de violência e assaltos contra pedestres que viralizaram nas redes sociais.

A situação chegou a um ponto tão delicado, que alguns moradores do bairro estão convocando, de forma ilegal, grupos de justiceiros na tentativa de confrontar a criminalidade.

A polícia civil do Rio de Janeiro disse que está trabalhando com o setor de inteligência para identificar os justiceiros.

Foram feitos dois registros de ocorrência sobre possíveis casos de justiceiros e uma vítima foi encontrada, ouvida e levada para fazer exame de corpo de delito.

O governo do estado ressaltou que esses crimes não serão tolerados e que a população precisa confiar nas leis, polícias, Ministério Público e Poder Judiciário, que são as instituições que devem agir para combater a criminalidade. A iniciativa dos justiceiros é criticada por especialistas. 

Em entrevista ao Programa Direto da Redação nesta segunda-feira (11), o tenente-coronel da PM, Ramiro Campos, que já comandou vários Batalhões no Estado, é um dos críticos de políticos e setores da sociedade que estimulam essa atuação de justiceiros. 

“O grande problema é que algumas pessoas estão levando isso para um campo que já fere a cognição humana. As pessoas recebem recortes da realidade e não raciocinam, falando em contratar e até aprovar projetos de lei para remunerar justiceiros”, destaca o coronel.

Corredor de segurança 

Uma das medidas anunciadas pelo governo do estado para combater os assaltos no bairro da zona sul carioca, foi a criação de um corredor de segurança, com a distribuição de viaturas baseadas ao longo da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais do bairro, das 18h às 23h. 

Em seguida, o corredor será reposicionado ao longo da Avenida Atlântica, que se estende pela beira-mar do bairro mais turístico da cidade.

Segundo a Polícia Civil, o que há é uma sensação de insegurança em Copacabana maior do que a insegurança real em si. De acordo com os policiais, os números mostram que o bairro teve o menor índice de roubos e furtos registrados em novembro.

Neste final de semana, um idoso foi agredido e roubado na Avenida Nossa Senhora de Copacabana após tentar ajudar uma moça que estava sendo abordada pelos criminosos. 

A Polícia Civil informou que identificou outras duas pessoas que participaram do assalto. O homem que atacou o idoso com um soco foi identificado e preso. 

Entenda a ação dos justiceiros

Declarando-se insatisfeitos com os episódios de assaltos violentos, grupos de moradores resolveram fazer justiça com as próprias mãos e se unir contra os criminosos. Por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens, passaram a convocar outras pessoas a reagirem aos roubos na área turística carioca e a se vingarem de suspeitos desses crimes. 

Vídeos e mensagens veiculados pela imprensa carioca mostram pessoas incitando a agressão contra os assaltantes.

Sobre esses casos, a Polícia Civil disse que está trabalhando com o setor de inteligência para identificar as pessoas envolvidas. Foram feitos dois registros de ocorrência sobre o caso e uma vítima foi encontrada, ouvida e levada para fazer exame de corpo de delito. 

O governo ressaltou que esses crimes não serão tolerados e que a população precisa confiar nas leis, polícias, Ministério Público e Poder Judiciário, que são as instituições que devem agir quando esses crimes acontecem.  

Da Agência Fonte Exclusiva com EBC. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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