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Médico é espancado por lutador de MMA em posto de saúde na Pampulha

Um médico, de 44 anos, foi espancado por um lutador de MMA – esporte que combina técnicas de artes marciais como as do judô – durante a tarde desta segunda-feira (6 de novembro), no Centro de Saúde Santa Amélia, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. O profissional teve o braço direito quebrado e diversas lesões pelo corpo e precisou ser socorrido para um hospital particular da capital. O suspeito, de 29 anos, não foi localizado. 

De acordo com a Polícia Militar, o episódio de violência ocorreu após uma paciente ficar insatisfeita com o tempo de espera para atendimento e também por um erro que havia sido cometido pelo profissional. Ela se irritou com o médico após ele escrever o nome dela errado em uma receita médica.

Aos militares, testemunhas disseram que o médico reconheceu o erro e disse que iria corrigi-lo. No entanto, pediu para que ela pudesse esperar, pois estava em atendimento com outro paciente. A mulher não aceitou e decidiu ligar para o seu companheiro, que é lutador de MMA, que foi até a unidade.

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O homem encontrou com o médico subindo as escadas e então se jogou na direção do profissional. O médico caiu e logo foi agredido com chutes e socos. Três mulheres, que trabalham na unidade, tentaram intervir, mas acabaram agredidas com socos e cotoveladas. Após a confusão, o homem e a paciente, que é companheira dele, fugiram da unidade. 

A polícia esteve no local e registrou o boletim de ocorrência. Após os relatos de testemunhas, que disseram saber onde o suspeito morava, os militares foram até a casa dele, mas o mesmo não foi encontrado. O médico foi atendido pelo Samu e encaminhado para um hospital particular da capital mineira. As demais funcionárias do posto de saúde, feridas com socos e cotoveladas, dispensaram atendimento. 

Sindicato protesta 

Ciente das agressões ao profissional de saúde, o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) cobrou ações da prefeitura de Belo Horizonte, que é responsável pelo Centro de Saúde Santa Amélia, local onde o episódio de violência ocorreu. Segundo o Sinmed, a unidade não conta com equipes de segurança e porteiros, além de não ter o número suficiente de profissionais, o que provoca sobrecarga de trabalho e insatisfação dos pacientes. 

“O Sinmed-MG exige que sejam garantidas pelos gestores condições dignas de trabalho e segurança adequada nas unidades de saúde, com retorno dos porteiros a todas as unidades de saúde e destaca que estará atento para que as medidas cabíveis sejam tomadas, a fim de garantir o cuidado e respeito aos profissionais de saúde”, disse o Sindicato. 

A Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o ocorrido e garantiu que a unidade possui equipamentos de segurança para evitar episódios de violência.

“Cabe ressaltar que os centros de saúde possuem equipamentos de segurança eletrônica como câmeras, alarmes e botão do pânico, que é acionado para cada acontecimento denunciado. Já o monitoramento pelo Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) é realizado com o objetivo de acompanhar, sete dias por semana, durante 24h, as unidades de saúde por meio de câmeras de segurança, coordenadas por plantonistas que foram treinados e capacitados”, informou.

(A nota pode ser lida na íntegra ao final da matéria)

Investigação

Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que teve conhecimento da ocorrência de lesão corporal que ocorreu unidade básica de saúde do bairro Santa Branca. No entanto, orientou que a vítima procure a Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal para “propor a devida representação criminal, conforme previsão legal”.

 

Veja a nota da Prefeitura de Belo Horizonte

“A Prefeitura de Belo Horizonte lamenta o ocorrido no Centro de Saúde Santa Amélia.  Os profissionais agredidos foram prontamente acolhidos e foi acionado o fluxo de abordagem a episódios de violência, estratégia que faz parte do Plano de Segurança para unidades de Saúde.

A Guarda Civil Municipal e a Polícia Militar foram acionadas. A ocorrência foi registrada na Central de Flagrantes IV da Polícia Civil, no bairro Alípio de Melo. 

Cabe reforçar que a unidade conta com cinco equipes do Estratégia Saúde da Família, todas completas, além de três clínicos de apoio. O Centro de Saúde Santa Amélia abriu, nesta terça (7), às 6h30, com a presença da Guarda Municipal. A coleta de exames foi realizada normalmente, assim como os testes para detecção de covid-19. Em razão do episódio, no momento, a unidade está atendendo exclusivamente aos casos agudos. Os demais pacientes estão sendo informados que as consultas e procedimentos serão reagendados.

Cabe ressaltar que os centros de saúde possuem equipamentos de segurança eletrônica como câmeras, alarmes e botão do pânico, que é acionado para cada acontecimento denunciado. Já o monitoramento pelo Centro Integrado de Operações de Belo Horizonte (COP-BH) é realizado com o objetivo de acompanhar, sete dias por semana, durante 24h, as unidades de saúde por meio de câmeras de segurança, coordenadas por plantonistas que foram treinados e capacitados.

Há também o botão do pânico nas unidades, que serve para sinalizar situações de emergência ou risco, como: invasões, desavenças, tumultos, assaltos, roubos, dentre outros. Esse acionamento não emite nenhum tipo de som no local, o que auxilia na preservação da integridade da pessoa que o apertar o dispositivo e vai diretamente para a empresa de segurança e para o COP-BH.

Outra medida é o Patrulha SUS, que se dedica exclusivamente à realização do patrulhamento preventivo das unidades de saúde do município, abrangendo os 152 centros de saúde da capital. A atuação dos agentes é feita em duplas, realizando rondas pelos equipamentos.”

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