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Itaguaí: gravações clandestinas comprometem ex-presidente da câmara, destituído na última terça-feira

Não bastasse a destituição do cargo de presidente da Câmara dos Vereadores de Itaguaí, por unanimidade, na última terça-feira (17), Gil Torres (União Brasil) viu seu futuro na política ficar ainda mais nebuloso após sua defesa, representada pelo desembargador aposentado Siro Darlan, utilizar gravações não periciadas durante sessão ordinária realizada nesta quarta.

Considerado um trunfo pela defesa, gravações não periciadas, portanto clandestinas, atribuídas aos vereadores Alex Alves (PRTB) e Sandro da Hermínio (PP) foram reproduzidas durante a sessão. O fato de não haver uma autorização judicial para a gravação e os áudios não terem passado por uma perícia técnica especializada para comprovar sua veracidade colocaram em xeque o enredo apresentado por seu advogado.

Com isso, o que poderia ser uma carta na manga para Gil Torres, pode acabar prejudicando ainda mais a sua defesa, já que além das denúncias pelo qual já está sendo julgado, ele pode ainda acumular acusações de calúnia, denúncia caluniosa, difamação, divulgação de áudio ilegal, gravação indevida, injúria e quebra de decoro parlamentar, elementos que podem fortalecer o processo de cassassão e torná-lo inegível por oito anos.

Um dos motivos que destituíram Gil Torres do cargo de presidente da Câmara dos Vereadores de Itaguaí foi a contratação de uma produtora de TV para transmitir as sessões da Câmara, pelo valor de R$ 1,6 milhão, sem licitação e sem aprovação da Mesa Diretora. Vale destacar que a Câmara tem parceria com a TV Senado para transmitir as sessões gratuitamente. Outro, foi a mudança de horário das sessões sem consultar da Mesa Diretora.


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