Maioria dos israelenses querem a renúncia de Benjamin Netanyahu
Quatro em cada cinco israelenses acreditam que o gabinete do primeiro-ministro de extrema direita, Benjamin Netanyahu, é responsável pela operação surpresa do Hamas contra a ocupação do regime israelense, segundo informa reportagem do Jerusalem Post, citando pesquisa do Centro de Diálogo. A pesquisa ouviu 620 judeus israelenses de todo o país.
Entre os entrevistados, 94% atribuem ao gabinete do primeiro-ministro a “falta de preparação” na segurança, fator que eles consideram ter levado ao ataque surpresa de combatentes palestinos da Faixa de Gaza.
Uma esmagadora maioria de 86% dos entrevistados, incluindo 79% dos apoiantes da coligação do primeiro-ministro, admitiu que o ataque surpresa de Gaza é um fracasso para o gabinete de Netanyahu.
Assim, a maioria dos israelenses, 56%, que inclui 28% dos eleitores da coalizão, acredita que Netanyahu deve renunciar quando o conflito com a Palestina terminar.
Além disso, 52% dos entrevistados esperam a renúncia do ministro da Guerra israelense, Yoav Gallant. A maioria disse que não confia no gabinete para liderar o conflito.
O ataque surpresa da Tempestade Al-Aqsa
No sábado (07), o Movimento de Resistência Islâmica Palestina (Hamas) lançou a Operação Tempestade de Al-Aqsa, um ataque surpresa multifacetado que incluiu uma enxurrada de lançamentos de foguetes e infiltrações nos territórios ocupados por Israel por terra, mar e ar. Durante o conflito, 1300 israelenses foram mortos até agora.
Em comunicado, o Hamas afirmou que a operação é uma retaliação ao ataque contínuo à mesquita de Al-Aqsa, em Al-Quds (Jerusalém) ocupada, e à crescente violência de colonos israelenses contra palestinos, que se intensificaram com a chegada ao poder do gabinete de extrema direita de Netanyahu, incluindo seu ministro da Segurança, o extremista Itamar Ben Gvir.
Depois de não conseguir lidar com os combatentes palestinos, o regime israelense começou a lançar ataques indiscriminados e brutais na Faixa de Gaza e impôs “um cerco total” a Gaza, privando os moradores do enclave costeiro de água, eletricidade, comida e combustível em meio ao conflito em curso como uma “punição coletiva”, conforme foi denunciado na segunda-feira (09) pela ONG Human Rights Watch (HRW), observando que a medida é “um crime de guerra”.
*Da Agência Fonte Exclusiva com Hispantv. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.