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Prédio de três andares na Ilha da Gigoia é demolido pela Seop e Gaeco

A demolição do imóvel acarretará em um prejuízo de cerca de R$ 1,5 milhão aos responsáveis – Prefeitura do Rio

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) e o Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), fizeram nesta terça-feira (22/8), mais uma operação de demolição em um prédio na Ilha da Gigoia, uma região que sofre influência do crime organizado. O imóvel possui três andares, sendo o primeiro em fase de alvenaria e os demais em fase de estrutura, além de um deck. Ele foi erguido em uma área de 250 m², sem qualquer autorização da Prefeitura. De acordo com engenheiros da Prefeitura, a construção já possui 300m² de área construída e sua demolição acarretará em um prejuízo de cerca de R$ 1,5 milhão aos responsáveis.

Informações trocadas pelos setores de inteligência da Seop e do Gaeco apontam que este imóvel seria de um dos milicianos que atuam na região. Já a construção demolida na semana passada seria de um outro grupo de milícia que também tem foco na ilha.

– A Prefeitura do Rio não vai retroceder no combate às construções irregulares. Estamos novamente na Ilha da Gigoia, dessa vez para demolir mais um prédio ilegal, mais uma construção que coloca a vida das pessoas em risco, que atrapalha no ordenamento da cidade. Mais um imóvel que é usado para lavagem de dinheiro para alimentar financeiramente o crime organizado. Vamos seguir com essa parceria com o Ministério Público para coibir esse tipo de irregularidade no Rio de Janeiro – ressaltou o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale.

A demolição será feita de forma manual, uma vez que não é possível chegar ao local com máquinas. Também participam da operação agentes da Secretaria de Conservação, da Guarda Municipal, Comlurb e Light.

– A demolição vai na linha do trabalho desenvolvido pela FT-OIS/MPRJ e o Gaeco, com auxílio da CSI/MPRJ e em parceria com a Seop, para demolição de mais uma construção irregular atribuída ao crime organizado, com objetivo de cortar o prosseguimento de construções irregularidades, bem como de inibir novas iniciativas criminosas. O proprietário da obra já havia sido notificado para a paralisação de sua realização, não cumprindo a ordem administrativa. Pelas pessoas entrevistadas no local, não só a obra prosseguia, como estava sendo acelerada, sendo erguida inclusive no período noturno. No momento da diligência, porém, estava desocupada e os equipamentos haviam sido retirados do local – disse Laura Minc, promotora do Gaeco/MPRJ e integrante da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano (Gaeco/FT-OIS).

Na última semana, a Seop e o Gaeco iniciaram a demolição de um prédio de quatro pavimentos, com mais de mil metros quadrados de área construída, também na Ilha da Gigoia, que causou um prejuízo de aproximadamente R$ 4 milhões aos responsáveis. As duas demolições serão feitas paralelamente ao longo dos próximos dias.

Desde de 2021, a Secretaria de Ordem Pública já realizou 2.795 demolições de construções irregulares por todo o município do Rio, sendo 75% dessas em áreas sob influência do crime organizado.

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  • 22 de agosto de 2023
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