NotíciasPolítica

CPI do DF quer comparar depoimentos de cúpula da PM e checar falso testemunho

Deputados da CPI dos Atos Democráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal querem comparar os depoimentos prestados à comissão por integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal com investigações feitas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre possível omissão nos ataques de 8 de Janeiro.

A intenção é cruzar as informações e eventualmente encaminhar processos por falso testemunho, afirma o presidente da CPI, o deputado distrital Chico Vigilante (PT).

Para ele, os atos de 8 de janeiro não foram obra do acaso. “Foi completamente planejado”, diz. “Boa parte da cúpula tinha ou entrado de férias ou adoecido. Eles jogaram a responsabilidade toda em cima de um major, disseram que tinha 600 homens para o major Flávio [Silvestre] comandar, e no dia ele se viu com 178 cadetes, sem o treinamento necessário.”

Chico Vigilante defende que a cúpula seja punida de maneira exemplar. “Até porque aqui é a capital da República, é o lugar mais sensível que existe”, acrescentou.

Ele diz que a operação abriu novas frentes para a CPI. “Nós vamos comparar o que eles falaram, os depoimentos que já foram prestados por eles com as investigações feitas pelo Ministério Público e com os depoimentos prestados por eles na Polícia Federal. A partir disso, se tiverem mentido, poderão ser processados.”

O deputado distrital Fábio Felix (PSOL), também membro da CPI, avalia que as investigações mudam a comissão de patamar. “A CPI já tinha mapeado a sequência de erros na operação. Mas agora a denúncia da PGR traz a motivação e o vínculo da cúpula da PM com a tese golpista”, afirma. “Isso é preocupante, porque traz indícios de contaminação da gestão da institucional da Policia.”


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

source

Compartilhe:
WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com