Crítico à venda da Eletrobras, ministro silencia sobre privatização de estatal por aliado
Embora tenha criticado em entrevista coletiva a privatização da Eletrobras, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) silenciou durante a venda da Copel, concretizada nesta segunda-feira (14) pelo governo do Paraná.
A venda da Companhia Paranaense de Energia foi comemorada como um trunfo pelo governador Ratinho Jr, que é do PSD, mesmo partido do ministro.
O leilão na B3, em São Paulo, foi prestigiado inclusive pelo presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, que é secretário de Governo de São Paulo.
“O ministro não se manifestou, o que é lamentável. É um silêncio cúmplice. Nos sentimos sozinhos nesse processo”, diz o deputado federal Tadeu Veneri (PT-PR), que presidiu uma CPI sobre a Copel na Assembleia paranaense há 20 anos.
O PT vai buscar judicializar a venda da Copel, argumentando que ela gera prejuízos para o estado de cerca de R$ 6 bilhões na outorga.
Ele diz que as vendas da companhia paranaense e da Eletrobras, embora processos diferentes, assemelham-se no fato de diluírem a participação do poder de decisão estatal.
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