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Autor de homenagem, ex-deputado defende coronel Erasmo Dias

O ex-deputado Frederico D’Ávila (PL-SP), autor do projeto de lei em homenagem a Erasmo Dias que foi promulgado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), sustenta a opinião de que o coronel, expoente da ditadura militar, merece batizar um entroncamento em Paraguaçu Paulista, cidade em que nasceu.

Em entrevista ao Painel, ele afirma que já esperava as críticas de representantes dos partidos de esquerda e de movimentos de direitos humanos ao projeto e diz que no episódio da invasão da PUC de São Paulo, em 1977, o mais conhecido da trajetória do militar, Erasmo Dias “não errou em nada”.

“A invasão da PUC tem história bem complexa. Eles transformaram o diretório acadêmico em um aparelho dos movimentos. Estavam usando estrutura acadêmica para fazer agitação político-partidária. Coisa que a gente vê hoje nas universidades. Os que hoje estão reclamando, isso já era esperado. Passaram-se mais de 40 anos e eles ainda acham que estavam certos”, afirma D´Ávila. “Aquilo era uma verdadeira loucura. Ninguém ali estava interessado em democracia, mas em ditadura do proletariado, luta de classes”.

Dias foi deputado federal entre 1979 e 1983 e estadual entre 1987 e 1999. Ele morreu em 2010 aos 85 anos. A invasão da PUC resultou na detenção de 854 pessoas.

O autor do projeto afirma que não conversou com Tarcísio sobre a homenagem e que considera que a promulgação já era esperada, pois governadores não costumam se opor a iniciativas do tipo originadas do Legislativo.

O ex-parlamentar, liderança do agronegócio, defende que Erasmo Dias cumpriu bem o seu papel na redução dos índices de criminalidade de São Paulo e teve 20 anos de atividade parlamentar, eleito pelo voto, e por isso merece ser reconhecido.

“Eles dão nome de terrorista, de presidente que desertou o país, de ditador estrangeiro [para vias públicas]. Tem uma avenida famosa em São Paulo que chama Marechal Tito. Pergunta o que o Marechal Tito fazia na Iugoslávia. Trocaram o nome do elevado Costa e Silva para João Goulart. É o que eles fazem. Reescrevem a história. É a famosa política stalinista”, diz.

D’Ávila ironiza os termos utilizados pela comunidade da PUC-SP em carta contra a lei. “Eles dizem na carta ‘eu exijo’. Essa é a melhor forma de você não conseguir alguma coisa do Tarcísio. Aí que ele não dá ouvidos mesmo”.


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